Desespero
Meus gritos já não se faziam ouvir nem para meus próprios ouvidos, minha boca soluçava e engasgava sons que em sua desordem de desespero não formavam palavras, minhas unhas rachadas e meus dedos feridos não mais doíam por tentar sair do imenso buraco que me encontrava. Meus olhos abertos não enxergavam, o gosto amargo percorria minha garganta que apenas se transformará numa temporã da dor e desilusão, ó logo ela que outrora fora instrumento do amor hoje o renega e tenta corrompe-lo, até o ponto do breu total, mas o tempo não mudou e quando dei por mim lá estava ele o sol queimando meu rosto num último esforço de me mostrar que estava vivo e que a luz ainda estava a me acompanhar. O Calor que eu já pensava não existir me abraçou e eu senti no êxtase do momento as brasas do Amor, tudo isso por uma melodia que vinha do fundo do meu ser e que me impulsionava a cantar, a sorrir e fazer da dor apenas um trampolim para meu Ser, um trampolim para a felicidade e por final um trampolim para a VIDA.
Baraygby
Enviado por Baraygby em 08/08/2012
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