Coloquei-me a pensar após o pôr do Sol como todos os dias fazia.
Sentado na varanda à luz da velha lamparina pendurada no teto que balançava com a brisa vinda do Mar.
Vi o balé na areia dos siris que corriam a luz do Luar.
Vi duas Corujas que moram em uma árvore à esquerda do caminho que leva a praia.
Quando parei e me dei conta, toda aquela agitação era fora do normal.
Era noite de festa.
Os siris corriam a arrumar todos os preparativos.
E as Corujas eram os Padrinhos.
Vi a noite do casamento da Lua e seu véu dengoso, se estendendo nos braços de seu noivo o Mar.
Fiquei intrigado e cheguei a presenciar o êxtase da cerimônia quando ambos se juntarão no Fim da noite. E o Mar envolveu a Lua em seus braços e a fez desaparecer.
O Mar recuou e ambos se recolheram.
Se eu sei como desenrolou a lua de mel de ambos?
Não Posso precisar, pois não sou de futricar, porém pela cara do Noivo foi ótima.
Pois o Mar estava sereno. E radiante no dia seguinte.
Já a noiva que a duas noites atrás estava se guardando em seu brilho, estava cheia e orgulhosa.
Vim saber depois que fui um dos poucos convidados. Depois entendi a visita insistente de um albatroz em meu terreno.
Eram ordens expressas dos noivos para entregar-me em mãos o convite.